Musicas subestimadas do Eminem

Com 42,5 milhões de álbuns vendidos apenas nos EUA, Eminem é um dos artistas da música mais vendidos de todos os tempos (provavelmente seria o maior se tivesse nascido na epoca em que nao existia download de mp3) . Ele é o artista mais vendido do século XXI. Adicione todos seus Grammys, VMAs, e claro, seu Oscar para ver o quão bem sucedido ele é. No entanto, para todas suas realizações, apesar de todo apelo comercial e aclamação da crítica, todas as placas de platina e capas de revista, apesar do fato que tantas pessoas conseguem recitar tantas de suas letras de cor, Eminem ainda tem músicas subestimadas.

Algumas dessas músicas, essas jóias pouco conhecidas, foram lançadas antes dele estourar e nunca foram descobertas pelas massas. Algumas saíram e foram apenas ignoradas, e então esquecidas por um motivo ou outro. Algumas nunca tiveram um lançamento oficial, escondidas num CD bônus ou mixtape ou lançamento estrangeiro, perdidas na bagunça de sua prolífica produção. E outras, mesmo músicas que foram ouvidas por milhões, simplesmente não são apreciadas o bastante. Todas elas merecem uma segunda escuta.

Confira essas 15 Músicas Subestimadas do Eminem que todo fã deve se familiarizar mais e todo Stan vai jurar que já conhecem cada palavra delas.


"Just The Two Of Us" (1997)
Produtor: Bass Brothers, Eminem
ÁlbumThe Slim Shady EP


Já achou estranho que há uma canção chamada "97 Bonnie & Clyde" no The Slim Shady LP, embora o álbum tenha saído em 1999? Bem, é porque a versão original da música na verdade apareceu no The Slim Shady EP - o disco que agitou o Em no underground e eventualmente o fez assinar com Dr. Dre. Mas a música foi lançada primeiro com um nome diferente, "Just The Two Of Us". Não que a versão original de "97 Bonnie & Clyde" seja tão diferente de "Just The Two Of Us". De fato, a letra é basicamente a mesma. A verdadeira diferença é a batida. Se você tem escutado o remake nos últimos 10 anos, pode ser difícil aceitar que a música tinha uma versão anterior. No entanto, se você ouviu a original e depois o remake, pode ter sido difícil aceitar a mais nova. De qualquer forma, apenas saiba que essa música já teve uma batida diferente e menos efeitos sonoros. Ouça as duas, e então decida qual delas você gosta mais.




"Macosa" (1998)
Produtor: Pace Won
Álbum: -



É uma pena que nenhuma das músicas do Outsidaz com o Eminem (a outra canção era "Hard Act To Follow") tiveram um lançamento oficial. O problema foi a liberação do sample. (O que você espera quando usa um sample de Pink Floyd e Michael Jackson?) Ainda assim, ouvir o Em rimar ao lado dos MCs não tão famosos de Newark é um lembrete de que ele sempre foi um rapper underground de coração. A forma como sua voz atravessa a faixa, é óbvio que o melhor ainda está por vir do jovem Slim Shady. Seu vocabulário atrevido e flow único cria poder sobre um grupo formidável do Outsidaz estrelando Pace Won e Young Zee. Queria saber o que esses caras estão fazendo? Seria meio louco se eles se juntassem novamente pelos velhos tempos.




"Nuttin' To Do" (1998)
Produtor: Rob "Reef" Tewlow
Álbum: "Nuttin' To Do"/"Scary Movies" single



Desafiamos você a encontrar uma dupla de rappers mais líricos do que Eminem e Royce Da 5'9". Embora a dupla de Detroit não tenha se juntado para um álbum oficial até Hell: The Sequel de 2011, eles primeiro se uniram em 1999 para lançar o single "Nuttin' To Do"/"Scary Movies". Enquanto "Scary Movies" se tornou um clássico cult e uma das faixas mais célebres do Em, "Nuttin' To Do" é muitas vezes ignorada.

"Nuttin' To Do" é o típico Eminem em sua primeira encarnação de Slim Shady. A música é outro exercício lírico onde Em usa drogas, rima como um doente mental ("Nurse, look at this straitjacket, it's crooked") ("Enfermeira, olha essa camisa de força, está torta"), e ataca os A&Rs da gravadora que, sem dúvida, ele estava lidando enquanto tentava conseguir um contrato. Mas é simplesmente tão inteligente, evidenciado por versos como "Forget a chorus, my metaphors are so complicated/It takes six minutes to get applause." ("Esqueça um refrão, minhas metáforas são tão complicadas/ que levam seis minutos para receber aplausos.")






"Get Back" (2000)
Produtor: Alchemist
ÁlbumThe Piece Maker



No final dos anos 90, Eminem era apenas um puro rimador. Seus raps não eram particularmente "significativos", ele não tinha desenvolvido totalmente sua composição, e nem sempre tinha muito assunto, mas ele era uma máquina de fazer rap que juntava palavras sem esforço e contava histórias absurdas. Cada outra rima o viu em algum tipo de instalação médica (desta vez ele se senta no consultório do dentista e no hospital), tomando uma porrada de drogas aleatórias, e então mandando rimas aos montes, "Collapsed, had a relapse and called three cabs/And had to be dragged, back to rehab, with bloody kneecaps." ("Tive um colapso, uma recaída e chamei três táxis/ E tive que ser arrastado, de volta à reabilitação, com os joelhos sangrando.") Se você nunca ouviu essa música antes - era uma faixa no álbum do Tony Touch, então era fácil de perder a não ser que você fosse um fã incondicional do Em - é um deleite para os fãs do Em que sempre desejaram que ele apenas rimasse sobre mais batidas do Alchemist.





"Shit On You" (2001)
Produtor: DJ Head, Eminem
Álbum: Devils Night



Se alguma coisa sintetizou o rap chocante do D12 em sua forma primordial, é "Shit On You", que é sobre cagar em você. Sobre uma melodia suave e refrão sussurrado. Esse é realmente o conceito, e cada rapper opta por explicar sua relação com esse conceito numa variedade de formas. Para a parte do Em, "My adolescent years weren't shit to what I do now/I never grew up, I was born grown, and grew down." ("Meus anos de adolescência não foram merda nenhuma para o que eu faço agora/ Eu nunca cresci, eu nasci adulto, e diminuí.") Em sintonia com suas linhas de abertura, seu verso se degenera de linhas conhecidas ("The more ignorant the incident is? I fit in") ("Quanto mais ignorante é o incidente, eu me encaixo") para simplesmente descrever as diferentes formas que ele vai cagar em você. Ou talvez cuspir em você. Ou fazer o oposto e mijar em você. Talvez ele vá agachar; talvez ele vá fazer como um skit do Biggie. De qualquer forma, não importa o quê, ele vai abaixar suas calças e...





"Girls" (2001)
Produtor: Eminem
Álbum: Devils Night



Tudo sobre "Girls" parece ridículo em retrospecto: chamar caras de "maricas", rappers brancos (naturalmente) atacando outros rappers brancos, e rixas brutais, ruidosas, por ofensas feitas no programa TRL. Eminem tinha treta com Everlast, enquanto seu colega mútuo, DJ Lethal (do Limp Bizkit e House of Pain) jogou neutro. Isto é, até: "Then I look on the TV, now who's mentioning me/That little fucking weasel, DJ Lethal, on MTV/After I gave you props on that song on national TV/You're talking 'bout Everlast is going to whip my ass when he sees me?/C'mon dog, you was supposed to be on that song." ("Aí eu olho na TV, agora quem está me mencionando/ Aquele porra de fuinha, DJ Lethal, na MTV/ Depois que eu te dei crédito naquela música em TV nacional/ Você está falando como o Everlast vai me enfiar a porrada quando me ver?/ Qual é, cara, você deveria estar naquela música.") Opa. Em continua zombando o hit do Limp Bizkit, "Rollin'", e a tendência de Fred Durst a falar sobre quanto as pessoas o odeiam. "Eles não te odeiam", Em disse, "eles só acham que você é brega desde que a Christina brincou com você." (Essa é a ex-namorada de Durst, Christina Aguilera.)

Eminem teve sua quota de conflitos na cultura pop de volta nos tempos de TRL. Mas não importa o quão estranho possa ter parecido na época, olhando para trás, uma coisa é certa: ele geralmente dizimava as pessoas assim que elas entravam em sua mira:  "And fuck Bizkit!/Cuz I know you're saying 'Fuck D12'/But not to our face, under your breath, to yourselves." (E fôda-se o Bizkit!/ Porque eu sei que vocês estão dizendo 'Fôda-se O D12'/ Mas não na nossa cara, baixinho, para vocês mesmos.")




Thirstin Howl III feat. Eminem - "Watch Deez" (1999)
Produtor: DJ Spinna
Álbum: Heavy Beats Vol. 1




Há provavelmente poucos exemplos melhores da combinação do Em perfeitamente articulada de humor de auto-flagelo, sociopatia brutal, e rap com ataques sem limites. Mas definitivamente, nenhum tão subestimado. Em corta fora seu próprio braço porque lhe é negado uma renovação de sua receita de Darvocet (a FDA acabou banindo esse medicamento em 2010 porque ele causou problemas cardíacos!) É verso após verso de absurdos (ele vai te deixar nu e te dar uma coronhada a fim de forçá-lo a... aceitar conselhos) e humor chocante e sinistro. O personagem de Em na música é completamente nojento, "mija e vomita vermelho", ouvindo vozes em sua cabeça e abusando de drogas de prescrição médica. É a defesa de 'quando acuado, aja como louco', entregue com tal precisão que nem uma palavra é desperdiçada. Em tem bichos se rastejando para fora de sua cabeça e come facas, um cortejo acima dos limites de frases de efeito memoráveis que o fazem parecer com o tipo de pessoa que você provavelmente não quer nunca ficar por perto - muito menos se meter com ele.




"Stimulate" (2002)
Produtor: Eminem
Álbum: "Cleanin' Out My Closet" single




"Stimulate" não é um assunto intocável para Marshall Mathers. Mas é uma de suas expressões mais sugestivas de sua relação complexa, antagônica, com as armadilhas e superficialidades da fama. Sua performance tem uma confiança maníaca em desacordo com o clima sombrio da música de nervos desgastados, como a repentina clareza de estimulantes surgindo através das nuvens salientes da abstinência de álcool. É fácil olhar para essa música na esteira das lutas de Em contra a dependência de drogas nesses termos: "I don't mean nobody harm, I'm just partyin'" ("Eu não quero prejudicar ninguém, eu só estou festejando") soa mais como uma fase de negação do que um regresso às festas.

A música inteira parece um ato de equilíbrio entre exploração psicodélica e à beira do esgotamento, conforme guitarras se infiltram em torno do canto amargo e irônico de Em. Amargura escorre de cada frase, como se cada uma devesse ser medida pela sinceridade: "Maybe one day we can make some progress/Food for thought, see how long it takes to digest." ("Talvez um dia podemos fazer algum progresso/ Alimento para o pensamento, veja quanto tempo leva para digerir.") Mas a música luta com mais do que apenas aqueles que o atacam de fora. Cada linha se dobra para capturar cada contradição numa análise brutalmente honesta da situação que não deixa ninguém de fora - incluindo ele mesmo. O verso final encontra Em explorando sua responsabilidade pessoal aos seus fãs, e os conflitos internos que isso traz a ele:  "I try to stimulate, but kids emulate" ("Eu tento estimular, mas as crianças imitam"), ele explica, então: "It's inhumane for me to see you influenced but pretend you ain't" ("É desumano para mim ver que você é influenciado, mas fingir que não é"), antes de "It's such, a pleasure, every button that I touch/I treasure every glutton that I punish in my lust, but..." ("É um prazer, cada assunto que eu toco/ Eu aprecio cada gula que eu castigo na minha luxúria, mas...")




"Rabbit Run" (2002)
Produtor: Eminem, Luis Resto
Álbum: 8 Mile soundtrack




Ser apresentada ao lado de uma canção como "Lose Yourself - que ganhou um Oscar, passou 12 semanas no 1º lugar da Billboard, e se tornou a primeira canção de rap a ser indicada a Canção do Ano no Grammy - faria qualquer música ser subestimada. Este é o caso com "Rabbit Run", uma faixa vintage do Eminem "fazendo rap pelo amor ao rap". O ataque de rimas de três minutos narra a luta do personagem semi-autobiográfico de Eminem, Jimmy "B-Rabbit" Smith de "8 Mile". Ela tem a mesma sensação de aproveitar o momento de "Lose Yourself", mas sem a produção de agitar estádios. Como "Lose Yourself" e "8 Mile", é centrada em torno das batalhas de rap. Mas essa batalha parece mais com uma maratona, e nosso herói está correndo por sua vida.



fonte: everythingisshady / complex

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