Primeiro dia de The monster tour em Detroit



Há duas décadas, em clubes sombrios e espaços improvisados não muito longe do Comerica Park, um Marshall Mathers bruto, obscuro, estava encontrando seu caminho na cena do rap de Detroit.

Sexta à noite, na frente de uma fervorosa multidão em casa de 45.000 pessoas, Eminem foi épico, entregando uma poderosa versão ao vivo de "Lose Yourself", seu hino relatando esses dias de esforço no início de carreira.

Foi um destaque no set assertivo, enérgico, que revelou uma maturidade equilibrada no rapper de 41 anos, que foi acompanhado pela cantora pop Rihanna no Comerica Park como parte de sua breve The Monster Tour.

Essa maturidade foi a marca inevitável deixada no primeiro de seus dois shows no estádio do Detroit Tigers. As três apresentações anteriores de Eminem na cidade foram neste mesmo estádio, mas sexta-feira foi o mais confiante de todos eles, conforme ele percorria o palco com uma alegre intensidade.

Foi um show de 2 horas e meia e 50 canções que posicionou o brilho de Rihanna contra a perseverança de Eminem, e a combinação em grande parte funcionou em seus momentos juntos no palco, incluindo uma longa abertura que começou com "Numb". O set foi precedido por um vídeo que ecoou seu clipe de "The Monster", com Eminem como um paciente psiquiátrico aprisionado que é visitado por Rihanna.

"Ei, Detroit, estamos em casa", Eminem disse ao público no início do show. "E olha quem trouxemos conosco. Eu disse que a gente amava vocês!"

Este foi um show de volta para casa para Eminem, seu primeiro aqui desde 2010. E ele celebrou o momento, mais tarde dedicando seu hino de recuperação do vício "Not Afraid" à cidade de Detroit e agradecendo "todos que me apoiaram desde o começo".

"Eu sei que não teria conseguido passar pelas minhas merdas sem vocês", ele disse. "Essa canção é sobre vocês."

Rihanna teve seu próprio tributo à Motor City para a noite: ela subiu ao palco com uma camiseta branca do Alice Cooper.

A noite foi menos uma batalha de estrelas e mais um pareamento afável de dois colaboradores, ambos rebeldes de suas próprias maneiras: Rihanna, a estrela pop resoluta, às vezes distante; Eminem, o herói do hip-hop que mudou o jogo.

Rihanna foi a prestativa convidada especial para a noite - com ênfase no "convidada". No contexto de Detroit, não houve dúvidas que ela estava operando nas sombras da supremacia da cidade natal de Eminem.

Desde o início, estava claro que este seria o show dele. Mesmo no palco enorme que pode minimizar uma banda inteira, o rapper era uma presença dominante e claramente atraiu a maior parte das emoções do público.

Em uma agradável noite de verão sob o horizonte de Detroit, com os holofotes cortando o ar dentro do estádio, o show irradiava a sensação de um grande evento. O par de shows deste final de semana são os maiores shows do ano em Detroit, e Eminem não era a única realeza musical local na casa: observando estavam Bob Seger e Kid Rock.

Mas a magnitude maior do que a vida não sobrecarregou o clima de festa da noite, que levou a um público agitado, dançando, que pulsava com energia nas arquibancadas e no campo do Comerica Park.

Tendo encerrado seu ato de abertura conjunto com "Crack A Bottle" e "Won't Back Down", Rihanna embarcou em seu próprio set solo de 45 minutos. Indiferente, se retorcendo com seis dançarinas atrás dela, a estrela pop de Barbados serviu uma enxurrada de hits, com "Birthday Cake", "Talk That Talk", e a feroz "Rockstar 101" conforme Nuno Bettencourt ofereceu os artifícios de guitarra necessários.

"Vocês querem ficar loucos comigo?", ela incitou o público conforme entrou na música dance "Where Have You Been", antes de abrandar para o momento mais vocal de seu set com "Stay".
O reaparecimento de Eminem para "Love The Way You Lie" imediatamente inflamou o processo, conforme Rihanna passou o bastão para o rapper para seu próprio set solo.

Lá, com o antigo parceiro do D12, Mr. Porter, ao seu lado, uma banda ao vivo atrás dele e vocais gravados que muitas vezes o acompanharam, Eminem incendiou o palco com uma forte "3 a.m." para o set de uma hora que saiu da amplitude do catálogo de sua carreira.

Usando bermuda camuflada e camiseta branca, ele remontou a suas faixas antigas como "Kill You", "Criminal", e uma "The Way I Am" marcada por guitarras, e ainda reviveu "Marshall Mathers", uma canção que faltou em seu set ao vivo por mais de uma década.

Suas veias do pescoço estavam saltando para o flow de metralhadora de "Rap God", e Rihanna voltou com um mini-vestido xadrez para cantar os refrões em "Airplanes Pt. II" e "Stan", antes de deixar Em e Mr. Porter para uma parte frenética cheia de hits.

Rihanna voltou mais tarde rapidamente para "Diamonds" e "We Found Love", antes de ceder o palco para Eminem mais uma vez, agora para sua potente "Lose Yourself", antes dos dois se juntarem para a final, carregada de fogos de artifício, "The Monster".

E, conforme Eminem fez seus últimos agradecimentos com Rihanna, uma noite triunfante em Detroit atrás dele, seu status de ícone do hip-hop afirmado, foi difícil não se maravilhar mais uma vez com a longa jornada que o trouxe do nada para o maior palco de sua cidade.

Eminem e Rihanna vão se apresentar novamente no Comerica Park esta noite para o último show da The Monster Tour.

por Brian McCollum - Detroit Free Press

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